Empresário Brazuca – Flávio Augusto – Tem projeto milionário nos EUA – O Clube Orlando City Soccer Club
O empresário carioca Flávio Augusto da Silva, que acabou de vender a Wise Up (escola de idiomas) para o Grupo Abril em uma transação bilionária – que o tornou o terceiro maior acionista do grupo de comunicação – morou em Orlando como um cidadão comum. Mas o olhar do empreendedor foi mais forte ao descobrir o “soccer”. E virou um dos sócios do clube.
Em entrevista exclusiva ao LANCE!Net. Flávio diz que seu interesse é chegar a Major League Soccer (ou a primeira divisão)
O time vai ter um estádio de alto nível (exigência da MLS) orçado em R$ 200 milhões. Além disso, Orlando é, atualmente, a cidade mais visitada do mundo. Motivo suficiente para os olhos encherem ainda mais.
– Futebol nos EUA não é futuro, é presente, mas não é ainda encarado assim. Isso representa uma excelente opção de investimento – disse Flávio ao LANCE!Net.
Os números analisados são simples. Enquanto no Brasileirão, a média de público é de 13 mil, na MLS, é de 19 mil. Na faixa etária dos cinco aos 17 anos, são 24 milhões de praticantes. O interesse veio quando seu filho, Breno, começou a jogar em clubes de base, e Flávio tornou-se o motorista da garotada. E percebeu o filão.
– Já temos compromisso de entrar na MLS, a ideia é estar lá em 2015. Estamos na frente para ser o time da região no torneio.
– Quero ter um astro brasileiro no elenco e incluir jogos em pacotes turísticos. Tornar isso uma experiência de assistir futebol.
E não custa lembrar: Kaká é o garoto-propaganda da Wise Up:
– Quem sabe? Nada está definido, mas queremos um astro.
Empreendedor
Flávio trancou a faculdade para trabalhar em um curso de inglês, até abrir a Wise Up. A escola cresceu, e ele foi a Orlando para fazer a empresa sobreviver sem a sua presença. Deu certo: o grupo foi vendido para a Abril e ele se tornou o terceiro maior acionista do grupo.
Início do clube
Após se tornar sócio do Orlando (NR: há outros dois sócios ingleses, um deles tem parte no Stoke City, da Premier League) se interessar em levar o clube à MLS, Flávio foi descobrir o que precisava, e viu que existem duas vagas disponíveis, que estão sendo disputadas entre cinco clubes.
Clube para americanos
Apesar de querer fazer alguma ligação com o Brasil, o clube é para americanos, mas com desejo de torná-lo global, aproveitando a marca da cidade.
– O nosso cuidado é o seguinte, não queremos fazer um clube para brasileiros, latinos, mas para americano. Claro que a ligação com o Brasil é muito grande. Brasileiro desembarca em Orlando e compra tudo, responsável por 70% das compras em Orlando, então essa importância está pesando muito na negociação. Claro que a gente quer a conexão, mas não é um clube para brasileiro. Mas a gente imagina um brasileiro saindo do país com entrada para o Universal Studios, Disney, e uma entrada para assistir um jogo em um estádio de alto nível, pode até comprar uma propriedade do filho entrar com o jogador de alto nível. Transformar em uma experiência, são quase 1 milhão de brasileiros vivendo – explica Flávio.
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Bate-Bola
Flávio Augusto da Silva
Sócio do Orlando City, ao LANCE!Net
Como está o processo de entrada na Liga Americana (MLS)?
Temos acordo com governo da Flórida, prefeitura de Orlando, e estamos próximos de pegar a franquia da MLS. Em 2015 devemos estrear com o nosso estádio dentro dos padrões da Fifa para 20 mil pessoas, que é uma condição.
Como é a estrutura do clube?
O time já existe, é bicampeão do seu escalão, e tem uma estrutura organizacional de empresa, isso me chamou muita atenção.
Como utilizar o turismo?
Orlando tem potencial para ser uma cidade com presença internacional, nossa marca pode ser global. Eu vejo oportunidades, negócios, marketing. Desenvolvimento é o meu foco. Quero pelo menos uma estrela para representar isso.
Como ter um craque internacional ajuda o time?
Com uma estrela, primeiro que dentro de campo é uma referência para o time, pela qualidade sempre vai ser outro nível. Fora de campo, chama as atenções, promove o time, dá visibilidade. O Beckham estava no LA Galaxy, mas talvez, muita gente não saberia. Mas para nós, com uma estrela do Brasil, com um empresário brasileiro, vamos ter visibilidade grande no Brasil, e acredito que nos próximos 10 anos, o mercado americano vai ser dos maiores. Para um jogador, o que é melhor? Morar na Ucrânia, ou morar em Orlando, Nova York, Los Angeles, imagina para mulher e filho se adaptar na Ucrânia. O clima é maravilhoso, custo de vida baixo, dá para levar os amigos do pagode.
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