Penalty salva o Brasil
Mesmo com atuação apagada boa parte do tempo, a seleção brasileira saiu na frente da Argentina no Superclássico das Américas, e a vitória por 2 a 1 amenizou a pressão sobre Mano Menezes.
O treinador argentino Alejandro Sabella surpreendeu com uma escalação num esquema 5-3-1-1, isolando Martínez e Barcos no ataque. A Argentina sufocou o Brasil, não deixava espaços para Jádson criar e subia com rapidez nos contra-ataques. Em mau posicionamento da defesa, a bola chegou a Martínez e este não deu chances para Jéferson, abrindo o placar. O Brasil estava desorganizado, a defesa batia cabeça, e quase o ataque não finalizou no primeiro tempo. O gol de empate, marcado por Paulinho, foi em posição irregular.
Jádson não esteve inspirado e Luís Fabiano apagadíssimo no jogo, foram os 2 na segunda etapa substituídos por Thiago Neves e Leandro Damião para que a seleção fosse mais ao ataque e tentasse furar a forte retranca argentina. As mudanças não surtiram efeito, a equipe ficou presa à marcação da Argentina, e o primeiro chute ao gol no segundo tempo foi somente aos 26 minutos.
A torcida já começava a vaiar a equipe e xingar Mano Menezes de burro, e o couro engrossou quando Lucas foi substituído por Wellington Nem. Gritos pedindo Felipão na seleção eram ouvidos em todo o Serra Dourada, os pouco mais de 45 mil torcedores já tinham perdido a paciência e não acreditavam no que viam no jogo. Mas em cima da hora, aos 48 minutos, Damião é derrubado na área após cobrança de falta de Thiago Neves e consegue um penalty para o Brasil. Neymar cobra a meia altura e ajuda a seleção a vencer e poder jogar o segundo confronto em Resistência no dia 3 com a vantagem do empate.
Foi uma atuação decepcionante da seleção, os principais jogadores da equipe, Lucas, Neymar e Luis Fabiano foram muito bem marcados, e parece que até hoje o time de Mano Menezes não aprendeu a se desvencilhar de equipes em esquemas fechados. A cada má atuação o torcedor brasileiro desconfia mais do trabalho de Mano e passa a confiar menos no time, e o temor por um fiasco na Copa do Mundo bate na porta a cada instante. Que não só no próximo jogo do Superclássico o Brasil possa jogar bem, como também nos próximos compromissos agendados. Aliás, não só jogar bem, mas que se possa formar uma base, temos bons jogadores, mas não um conjunto.